quinta-feira, 21 de março de 2019

Cinco estradas que valem uma viagem




                                                                                                                                                                 Renato Durães / Divulgação
Para alguns viajantes o caminho é mais importante que o destino. E, se depender de algumas estradas, essa frase faz muito sentido. Escolhemos cinco estradas famosas que merecem estar no roteiro de quem curte rodar de moto entre paisagens espetaculares ou caminhos desafiadores. Elas estão nas regiões Sudeste, Sul e Norte do Brasil e propiciam muita diversão, ou aventura, para o piloto e garupa. Confira nossa lista.

Serra do Rio do Rastro

Ligando as cidades catarinenses de Lauro Müller e Bom Jardim, a SC 438 é considerada a “meca dos motociclistas” brasileiros. Muitos sonham percorrer seus 35 quilômetros repletos de curvas que escalam as íngremes escarpas da serra do Rio do Rastro. Quem chega pelo litoral, ao pé da serra, terá pela frente os enormes e intimidadores paredões verticais. À medida em que aparecem as curvas, algumas verdadeiros cotovelos feitos em primeira marcha, a estrada começa a justificar sua fama e mostrar sua grandeza.
Ao chegar ao Mirante da Serra do Rio do Rastro, que está a 1.460 metros (acima do nível do mar), é possível avistar até a cidade de Tubarão, no litoral catarinense. A melhor hora para ter essa visão é pela manhã quando há menor incidência de nevoeiro. Por falar nisso, o clima na serra sempre é instável e pode passar de um céu azul para fortes tempestades ou neblina em alguns instantes.
A estrada fica a 900 km de São Paulo, por isso vale planejar a viagem confirmando as condições climáticas da região. Chegar na serra e se deparar com chuva forte, pode não ser uma experiência legal – principalmente para os motociclistas novatos.
                                                                                                                                                                                                              Renato Durães / Divulgação


A estrada mais alta do Brasil

Quem gosta de pilotar em estradas desafiadoras entre montanhas tem na BR-485, um destino bem legal e pouco conhecido. A estrada corta a região montanhosa entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo. Sem asfaltamento a “estrada” federal é repleta de pedras e exige muito da moto e do piloto, mas as paisagens compensam.
Com 40 km de extensão a estrada corta a parte elevada do Parque Nacional de Itatiaia e chega a 2.460 metros acima do nível do mar, o que faz dela a estrada mais alta do Brasil. No trajeto o piloto vai se deparar com visuais incríveis o Pico das Agulhas Negras e do Maciço das Prateleiras.
Apesar de ser uma estrada federal, é importante estar preparado para eventuais emergências e problemas mecânicos, pois não há serviços (ou sinal de celular) em seu trajeto.
O acesso para a BR 485 é feito pela BR 354 que liga a Resende (RJ) a Caxambu (MG). O trajeto pela BR 354 também oferece bom asfaltamento e curvas interessantes, porém a BR 485 exige motos do tipo trail e habilidade do piloto, principalmente em épocas de chuvas.
                                                                                                                                                                                                                Renato Durães / Divulgação


Rio-Santos

Quem gosta de pilotar ao lado do mar vai curtir bastante a Rio-Santos. A estrada, que oficialmente se chama BR-101, serpenteia as praias do litoral paulista e fluminense. Em nossa opinião, o trecho entre a Ubatuba (SP) e Paraty (RJ) é sensacional.
Em quase 75 km o mar é a grande companhia, com muitas praias para conhecer. Apesar da pista simples, a estrada é bem sinalizada e permite curtir a pilotagem por suas inúmeras curvas. É preciso ter atenção com os pedestres e animais ao passar pelos vilarejos. Nos finais de semana, o fluxo de turistas entrando e saindo das praias, também pede atenção.
Saindo de Paraty é possível subir a estrada cênica Paraty-Cunha que foi calçada e atravessa o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Com dez quilômetros de extensão a estrada começa na periferia de Paraty e cruza a Serra do Mar.
Em 2016 a estrada foi entregue aos turistas que devem passar devagar para curtir o visual. Se der sorte, pode acompanhar a travessia de animais silvestres nas plataformas elevadas.
                                                                                                                                                     Francisco Silva / Comunicação Prefeitura Municipal de Ubatuba


Rota romântica

Ligando as cidades gaúchas de São Leopoldo a São Francisco de Paula, a Rota Romântica tem 185 km de extensão e passa por 14 cidades, no trajeto estão diversas estradas como a BR-116 e a RS-235. Em toda sua extensão o viajante tem uma série de atrações que mesclam gastronomia e paisagens.
A estrada serpenteia as serras gaúchas e o visual lembra as paisagens europeias, daí seu nome inspirado na Rota Romântica da Alemanha. Os vastos vinhedos estão presentes no horizonte por conta das vinícolas, herança da colonização presente na região.
As cidades mais famosas do roteiro são Gramado e Canela, distantes apenas 6 km pela RS 235. Repleta de curvas o caminho é um convite para quem gosta de contornar curvas, parar em mirantes e apreciar cachoeiras e muitas outras atrações do Rio Grande do Sul.
                                                                                                                                                                                                            Sabrina Schuster/Divulgação


Interoceânica

Também chamada de Estrada do Pacífico, a Interoceânica liga a fronteira do Brasil com o litoral do Peru. O interessante desse trajeto, que começa em Rio Branco, capital do Acre, é a intensa mudança climática e também os diferentes visuais em um trajeto de quase 2.000 km para chegar até Nazca, já as margens do Oceano Pacífico.
Quem passa pela primeira vez na estrada ficará surpreso com as perfeitas condições do asfalto peruano quando comparado às estradas brasileiras, sobretudo na região Norte.
Apesar das boas condições, as fortes curvas dificultam o ritmo da viagem e as distâncias não devem ser medidas em quilômetros e sim em horas. Trechos de 300 km, por exemplo, podem exigir até 12 horas de viagem, dependendo das condições climáticas e de tráfego.
Apesar disso, ao cruzar a Cordilheira do Andes o motociclista terá uma visão espetacular das montanhas cobertas de neve. O trecho mais elevado da estrada está a 4.725 acima do nível do mar. A paisagem se alterna em profundos desfiladeiros, picos nevados, lagos, florestas e desertos gelados. Animas estranhos para nós como lhamas e vicunhas também valem a viagem.
A rodovia Interoceânica é a prova de que o trajeto é mais legal que o próprio destino, mas não é uma estrada para percorrer com pressa. Visitar cidades como Cusco e conhecer Machu-Picchu, são algumas recompensas para quem encara a Interoceânica.
                                                                                                                                                                                                              Renato Durães / Divulgação

terça-feira, 19 de março de 2019

Dinamite na Serra da Rocinha

Leia o informativo do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) sobre detonação de rochas e trabalhos de concretagem do novo viaduto.

A Serra da Rocinha contará na próxima semana com atividades que exigirão dos usuários atenção e respeito às orientações de segurança. Localizado no km 54, o quarto viaduto em execução nas obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, em Timbé do Sul, será concretado entre os dias 18 e 20/03. Além disso, no dia 21/03 estão programadas detonações de rocha em diversos segmentos da serra. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC), por meio do Consórcio Construtor do Lote 2, alerta que o trânsito ficará totalmente bloqueado das 7h às 18h.

A estrutura do viaduto 4 conta com 14 pilares, 123 metros de comprimento e 9,5 metros de altura, sendo necessários cerca de 200 metros cúbicos de concreto para a realização do serviço. Mesmo com a presença de dispositivos de sinalização, verifica-se diariamente a presença de veículos que não seguem as instruções referentes à interdição da serra. Visando evitar transtornos e a formação de filas, bem como o risco de acidentes, os usuários devem utilizar as rotas alternativas. Vale salientar que a passagem indevida pelo local representa uma falta grave conforme os artigos 195 e 209 do Código de Trânsito Brasileiro. Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone 0800 60 21 285.

Rotas alternativas

RS-110, que liga os municípios gaúchos de Bom Jesus e Terra de Areia (na BR-101) pela Rota do Sol;

RS-020 em direção a Cambará do Sul, cujo acesso pela BR-285 fica a cerca de quatro quilômetros da divisa entre RS e SC, devendo o motorista seguir pela Serra do Faxinal (RS-427 e SC-290) até Praia Grande/SC;

BR-116, de Vacaria/RS a Lages/SC, seguindo pela SC-114 e SC-390 até a BR-101 em Içara/SC ou Sombrio/SC.