sábado, 19 de junho de 2021

Até a Serra da Canastra de Honda ADV

 Rodamos 1.200 quilômetros com o scooter Honda ADV para conferir seu desempenho na cidade, na estrada e até nas trilhas


texto Cicero Lima, fotos Fabiano Godoy

O scooter ADV é um modelo de sucesso, tanto que suas vendas até maio/2021 passavam de 6.000 unidades. Muitos desses consumidores se encantaram com o design arrojado e agressivo do modelo que tem como principal argumento seu estilo aventureiro. Para conferir se ele realmente merece esse estilo, partimos numa aventura até a Serra da Canastra, em São Roque de Minas (MG). Foram percorridos 1.200 km – ida e volta – onde foi possível avaliar o modelo, saber seu consumo de combustível, desempenho e – o principal – se ele é tão valente. Vamos lá?

Equipado com o mesmo motor do Honda PCX 150 (o mais vendido do Brasil) tem a capacidade de 149,3 cc e usa refrigeração líquida. Sua potência máxima de  13,2 cv a 8.500 rpm enquanto o torque de 1,38 kgf.m está disponível em 6.500 giros. Os números são idênticos ao da PCX, porém as faixas de giros são menores – com destaque para o torque que chega mais cedo. A mudança se deve ao maior fluxo de ar que chega ao propulsor por conta de alterações no duto de alimentação.  Na estrada rodamos com ele na faixa dos 90 km/h sem problemas e a velocidade máxima chegou aos 110 km/h.

O consumo durante a viagem oscilou entre 29 km/litro – quando acelerávamos o máximo. O melhor consumo foi de 43 km/litro – rodando nas estradas de terra. O consumo médio ficou na casa dos 35 km/litro, com isso sua autonomia pode passar dos 280 km, por conta do tanque com capacidade para 8 litros. Como em qualquer veículo, o consumo de combustível depende da pilotagem, manutenção e qualidade da gasolina – entre outros fatores.

Na viagem muita gente perguntava a “cilindrada” e mostravam surpresa ao saber que tem 150 “cilindradas”. A surpresa se justifica, afinal o porte, as linhas afiladas e o sistema de iluminação em LED ajudam a encorpar o modelo que,  na minha opinião, é muito bonito.


Pneus, roda & cia

O quadro, do tipo berço duplo em aço – é o responsável por sustentar o motor e ancorar suspensão traseira e dianteira. Por falar em suspensão, a grande mudança (se comparado ao PCX) é o curso de suspensão que ganhou  3 cm na dianteira e 2cm, pode parecer pouco, mas é um acréscimo de 30% e 20% respectivamente que promete maior conforto em qualquer tipo de piso.

Nas trilhas, repletas de buracos e pedras soltas, foi o local ideal para testar o sistema – chamado Twin Subtank – da Showa que absorveu muito bem as ondulações e manteve a roda traseira em contato com o solo. Isso garantiu mais segurança e conforto, mesmo durante as frenagens.

Por falar em segurança, o freio dianteiro tem disco de 240 mm –com sistema ABS – enquanto a traseira usa disco de 220 mm.


Nos pneus de uso misto está a assinatura aventureira do modelo. Na dianteira 110/80, roda de 14 polegadas, na traseira 130/70 roda de 13 polegadas. A distância livre do solo, item fundamental para ter tranquilidade em locais não pavimentados, é de 165 mm. Essa característica também justifica sua cara aventureira e, na prática, se mostrou útil – as fotos mostram isso!

 O banco está a 795 mm do solo e permite apoiar os pés com facilidade para controlar os 127 kg (a seco) desse novo Honda. Aliás, em algumas situações, o baixo peso e a facilidade de realizar manobras foram importantes para curtir a viagem e chegar nas cachoeiras – o que seria muito complicados com motos grandes (mesmo as big trails).

As luzes em LED mostraram eficiência nos trechos noturnos e ajudam a destacar o scooter na estrada. O painel digital traz uma série de informações, entre elas o consumo instantâneo, e até avisa se a sua pilotagem está sendo econômica. Saída para adaptador de celular e chave chave Smart Key (que não precisa estar conectada ao scooter e sim no bolso ou na mochila do piloto) aumentam o conforto e a praticidade.

Na avaliação da revista Moto Escola, o Honda ADV se mostrou valente e econômico. Sua suspensão cumpriu sua função e permitiu encarar os desafios da Serra da Canastra. Claro que o trajeto exige um pouco de experiência de pilotagem, mas, se depender do Honda ADV, o caminho não importa!

Quanto custa?

Para saber o preço do ADV recomendamos que você entre no site do fabricante (clique aqui) ou confira na concessionária mais próxima. Isso é necessário pois os valores dependem da tributação de cada Estado e as taxas de frete.

Dados técnicos

MOTOR

Tipo OHC, monocilíndrico, 4 tempos, refrigeração a liquido

Cilindrada 149,3 cc

Potência Máxima 13,2 cv a 8.500 rpm

Torque Máximo 1,38 kgf.m a 6.500 rpm

Tanque de Combustível 8 Litros (gasolina)

Transmissão Tipo V-Matic

CHASSI

Tipo Berço Duplo

Suspensão Dianteira Garfo Telescópico

Curso  130 mm

Suspensão Traseira Dois amortecedores

Curso 120 mm

Freio Dianteiro disco de 240 mm (ABS)

Freio Traseiro disco de 220 mm

Pneu Dianteiro 110/80 - 14

Pneu Traseiro 130/70 - 13

MEDIDAS

Comprimento x Largura x Altura 1950 x 763 x 1153 mm

Distância entre Eixos 1324 mm

Distância Mínima do Solo 165 mm

Altura do Assento 795 mm

Peso Seco 127 kg