quinta-feira, 30 de julho de 2020

Harley LiveWire é a primeira moto elétrica da marca a cruzar os Estados Unidos

Não há como negar que os veículos elétricos estão ganhando popularidade e o mais importante para que gosta de viajar, autonomia. No final de junho o motociclista Diego Cardenas, residente da Califórnia, dono de um modelo LiveWire, movida por energia elétrica, comemorou seu aniversário de 50 anos e celebrou uma conquista: foi o primeiro a cruzar os Estados Unidos com uma Harley elétrica.
Seus planos eram outros, queria comemora os 50 anos na Espanha, porém o COVID-19 obrigou a refazer ser planejamento. Ele buscou (e conseguiu entrar para a história).

Segundo informações fornecidas pela assessoria de imprensa da marca no Brasil, ele partiu da fronteira mexicana dos EUA e rumou para o Canadá percorrendo a West Coast Green Highway, que conta com estações de carregamento de veículos elétricos localizadas a cada 40 ou 80 quilômetros ao longo da Interstate 5 e outras estradas principais dos estados de Washington, Oregon e Califórnia.

Sua viagem começou em 22 de junho, em San Ysidro, na Califórnia e terminou em 30 de junho, dia de seu aniversário, terminou a viagem em Blaine, no estado de Washington, junto à fronteira com o Canadá. No trajeto de 2.250 quilômetros ele fez várias fez muitas paradas ao longo do caminho para passear com a esposa e a filha de oito anos, que o acompanhavam de carro. 

Seu roteiro prova ser possível viajar com as motos elétricas sem problemas de abastecimento, ao menos naquela região. 

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Híbrida, a Honda NC 750X traz espaço de scooter e desempenho de moto

Rodas de 17 polegadas permitem "atacar" as curvas contando a ciclística equilibrada do modelo
Na parada para abastecimento, a inevitável pergunta do frentista - “cadê a tampa do tanque?” - soou como uma velha piada aos meus ouvidos. Ao girar a chave para ter acesso ao bocal, que fica sob o assento da garupa, aproveitei para contar que o modelo já está no mercado brasileiro desde 2012. “Conhecia não”, disse o frentista, enquanto a bomba de combustível enchia o tanque, com capacidade para 14,1 litros da NC 750X, uma moto ainda pouco conhecida no Brasil.
Curioso, ele perguntou o que havia no lugar comumente reservado aos tanques de combustível nas motos. Mostrei o espaço para o capacete, jogo de ferramentas e outros pequenos objetos. “Cabe tudo aí”, disse ele animado, para depois me desejar boa viagem. Fechei o compartimento, com capacidade para 22 litros onde levava minha capa de chuva e outras "tralhas", e peguei a estrada. Olha as fotos aqui em baixo, fica mais fácil de entender...
À esquerda o bocal do tanque embaixo do banco do garupa, ao lado, onde seria o tanque, vai o capacete

Híbrida

Vida boa na cidade, poucas reduções de marchas e altura ajuda a rodar nos corredores
A surpresa do frentista é a mesma de muitos motociclistas ao olharem a NC 750 X que, no modelo 2020, está disponível nas cores verde fosco, vermelho e azul perolizado. A NC é uma moto extremamente racional e seu pacote de eletrônica se resume ao painel digital e sistema de freios anti bloqueio (ABS). O conjunto se mostrou bem sensível e transmitiu confiança ao encarar as estradas secundárias da região do Sul de Minas, em direção à Monte Verde.
Embora asfaltado, o trajeto é repleto de “armadilhas” como poças de lama, trechos úmidos do asfalto e areia perto das lombadas. Nessa situação o sistema ABS permitiu frenagens fortes e manteve a NC em sua trajetória. Sem sustos. Na dianteira, há um disco de 320 mm e, na traseira, outro de 240 mm de diâmetro. Em qualquer situação se mostraram adequados à proposta da moto.
Embora seja uma crossover, segundo a Honda, ela não gosta de estradas de terra e pistas esburacadas. Suas rodas de liga-leve, de 17 polegadas, não convivem bem com terrenos acidentados. Ela até encara uma estradinha de fazenda, mas convém não abusar. Caso tenha de percorrer algum trecho mais complicado – com lama, por exemplo, – vale a pena diminuir a calibragem dos pneus para ter maior aderência. Mas fique atento com pedras pontiagudas, elas podem danificar rodas e pneus.

Motor comportado e econômico

Assim como a maioria das motos Honda, a NC transmite aquela sensação de “velha amiga”. O motor de dois cilindros e 745 cc gosta de trabalhar em baixos giros. Aos 4.750 giros já oferece o torque máximo de 6,94 kgf.m, o que permite acelerações vigorosas e muita segurança nas ultrapassagens. Ao subir de giros o escapamento emite um som grave e agradável em busca da modesta potência máxima de 54,5 cv disponível a apenas 6.250 giros.
Painel prá lá de moderno, totalmente digital traz computador de bordo muito útil em viagens
Ao pegar uma rodovia quase não se usa o câmbio. Basta engatar a sexta, e última marcha, e viajar tranquilamente a 120 km/h, na faixa dos 3.500 rpm. Nessa condição – rodando dentro do limite das estradas – seu consumo foi de 32 km/litro. Mas se pesar a mão no acelerador, pode chegar a 24 km/litro.
Por falar em aceleração, ela atinge facilmente os 170 km/h, quando sua estabilidade parece chegar ao limite. O piloto começará a sentir uma oscilação bem desagradável por conta do vento desviado pelo grande para-brisa. Porém, com quase 40 cm de altura, mas sem regulagem, a bolha ajuda a desviar a chuva e o frio. Para aumentar o conforto em viagens valeria a pena investir em um protetor de mão.

“Scooter” com câmbio

De volta à cidade, a NC mostra sua versatilidade ao encarar sem problemas os congestionamentos de São Paulo. Alta, ela permite que o guidão passe acima dos retrovisores dos carros e, se for necessário, consegue mudar de direção com facilidade por conta da roda (aro 17) e o bom torque do motor.
O comportamento da 750X é similar aos dos grandes scooters. Fácil de pilotar, econômica e ainda com um porta capacete que completa seu “jeitão” urbano.

Com suas novas cores, a NC 750X consegue atrair olhares curiosos e transmitir status. Seu DNA é de um veículo racional, econômico e prático.



terça-feira, 21 de julho de 2020

Tuc Tuc sem limites no Sri Lanka

Se existe algo radical que ainda não aconteceu, o pessoal da Red Bull inventará uma maneira de fazer!!! Quando você acha que os caras já inventaram de tudo quando o assunto é adrenalina/entretenimento, eles conseguem encontram um pessoal mais louco e tome novidade. Dessa vez foi no Sri Lanka, em fevereiro desse ano. com a quarta edição das incríveis corridas de Tuc Tuc...  Veja o texto que recebemos da assessoria de imprensa aqui do Brasil...

"Que tal reunir os amigos e encarar uma disputa a bordo de um tuk-tuk? Com essa ideia em mente, os moradores do Sri Lanka tornaram os fãs e motoristas desse meio de transporte em legítimos pilotos para encarar uma ‘corrida maluca’. Repleto de obstáculos únicos e sistema de competição peculiar, o evento é um dos grandes sucessos locais de automobilismo.

No início deste ano, antes da crise sanitária global no país, o evento - conhecido por Red Bull Tuk It – chegou à quarta edição, foi disputado em Dambulla e reuniu 237 equipes em busca do lugar mais alto do pódio. Cada time foi composto por três pessoas, sendo um piloto e dois auxiliares que tiveram a missão de ajudar nas curvas assim como em situações nas quais o meio de transporte ficava preso em algum obstáculo.

Nesta temporada, por exemplo, veículos tombaram e tiveram de ser reerguidos; outros com dificuldade de passar por trechos com água corrente; enquanto alguns colocavam o corpo para fora, de modo a auxiliar o piloto em alguma curva mais aguda. Isso tudo ao longo de dois dias, em cerca de 140km por meio de asfalto, terra batida, entre outras superfícies.

Entre risos e adrenalina em busca da vitória, a competição, em 2020, contou com fatos históricos: pela primeira vez, uma equipe composta somente por mulheres participou do evento (Team Jenny) e um grupo especial, formado por competidores de outros países. O grande campeão geral foi o time 93-4, enquanto Team Lion venceu na categoria que julgava o tuk-tuk mais criativo."
créditos fotos: Dimitri Crusz / Red Bull Content Pool

O fascínio da ponte velha

Sabe quando você vê uma foto e quer conhecer o lugar? Não existe um motivo claro, após a olhar a imagem somos tomados por uma sensação de desafio e vem a decisão irredutível: quero conhecer! Muitos dos lugares que percorri na minha vida de mochileiro, motoqueiro, jornalista e outros "eiros" nasceram da curiosidade. Bastou uma imagem, um vídeo e me senti atraído. Vou até lá!!! Com a velha ponte que atravessa o Rio Correntes, perto de Frei Rogério (SC), foi a mesma coisa. Olhei a foto e pimba, lá fui eu. Veja na foto abaixo...
Rodei quase mil km de Honda Bros para ver de perto a ponte que me encantou pelas fotos
Isso foi no final de 2014 e terminou sendo uma das viagens mais legais que fiz. Estava sozinho pilotando uma moto pequena e dez dias de férias pela frente, sem preocupação com datas ou dinheiro. Minha única meta: fazer uma matéria sobre o Sul, que publicaria no Portal UOL Carros, e saber um pouco mais sobre a Guerra do Contestado. Se você quiser ler a matéria, dá um clique aqui, mas desconsidere os preços, afinal já se passou quase meia década desde aquela trip.

O chamado da ponte

Após tanto tempo, a velha ponte de madeira voltou a causar curiosidade. Dessa vez não é o rio e suas águas caudalosas e a visão desafiadora de cruzar as tábuas lisas e soltas e sim conhecer a cidade de Frei Rogério. Confesso que, na minha passagem pelo lugar, nem me interessei pela cidade só queria atravessar a ponte, fazer o vídeo e postar na redes sociais: fui e atravessei, veja o vídeo abaixo.
Depois de rodar pelo litoral do Paraná e Santa Catarina e Rio Grande do Sul, subi a Serra do Rio do Rastro - sim, aquela bem famosa e estonteante que você DEVE viajar e ver de perto. Rumei para Curitibanos. Chegando lá, comecei a perguntar pela ponte e ninguém conhecia, mas uma alma bondosa ensinou e consegui cruzar a ponte de motos e fiz o vídeo abaixo.


Onde entra Freio Rogério nessa história? 

É o seguinte, quando lancei o Canal Trajetos e Destinos sempre publico algumas dicas de cidades que estão comemorando aniversário. Aí me deparei com o dia 17 de julho, aniversário de Frei Rogério.
Pesquisei um pouco sobre a cidade e veio mais mistérios: existe uma colonia japonesa no município. Pronto ainda mais intrigado e com vontade de conhecer um pouco mais dessa cidade com pouco mais de 2.000 habitantes cravada no interior de Santa Catarina. Para chegar lá você tem que pegar a SC 451 e a distância de Curitiba (PR) é de 320 km.
Festival Sakura Matsuri sempre acontece em agosto com a florada das cerejeiras
Falei com Itamir Gasparini, Presidente do Conselho de turismo, sobre as atrações da cidade e fiquei sabendo que a florada das cerejeiras, quando acontece o Festival Sakura Matsuri, acontece no mês de agosto - este ano estava previsto para 26 de agosto, mas por conta do Covid-19 está suspenso.
Uma pena queria muito pegar minha moto e viajar até lá para ouvir os tambores e ver as cerejeiras floridas, deve ser um espetáculo interessante que enche de orgulho os japoneses e seus descendentes. Segundo o Itamir, os pratos típicos, como o yaksossoba, o sushi e o muchi devem ser provados "mas temos muita comida boa por aqui". Fiquei com água na boca...
Agora estou mais curioso para conhecer esta pequena cidade que também guarda um passado bem interessante da história do Brasil como a Guerra do Contestado.

sábado, 11 de julho de 2020

Icnofósseis do Ceará nos deixou curiosos

Hoje, 11 de julho, sete cidades brasileiras comemoram aniversário: Brejo e Turiaçu no Maranhão, Missão Velha no Ceará, Piatã na Bahia, Mendes no Rio de Janeiro, Andradina em São Paulo e Santa Maria do Oeste no Paraná.
O nome que me chamou atenção da nossa equipe foi Missão Velha, que fica a 300 km ao sul da capital Fortaleza, em pesquisa descobrimos que o GeoPark Araripe é a sua principal atração.


O destaque fica para a trilha Cachoeira de Missão Velha que parece agradar os entusiastas em caminhadas e paleontólogos para observar os vestígios da atividade (icnofósseis) do lugar.
Infelizmente o Rio Salgado, que forma a Cachoeira Missão Velha, está poluído e só pode ser visto em seu esplendor na época da cheia - principalmente em fevereiro.
Apesar das críticas de alguns visitantes sobre a falta de estrutura para o turismo, nossa equipe ficou curiosa para conhecer a Chapada do Araripe.
Parabéns aos missãovelhenses, gentílico de quem nasce na cidade com população estimada de 35 mil habitantes.
Nota da redação: Se você gosta do tema, sugerimos visitar o site GeoPark do Araripe que oferece informaçõesl. http://geoparkararipe.urca.br/

terça-feira, 7 de julho de 2020

Honda CB 500 X

Versão 2020 da Honda CB 500 X traz novidades que a tornam indicada para encarar longas viagens ou uso diário na cidade ou estrada

por Cicero Lima - Canal Trajetos & Destinos

fotos Caio Mattos/Divulgação
Novo design deixou a Honda CB 500X com uma "pegada" aventureira
Eu sou testemunha e senti na pele: quem já teve uma Honda CB 500X sabe como era frustrante acompanhar um amigo numa viagem e ficar com receio de encarar trecho de terra ou lama. Isso por conta das limitações do modelo, que era equipado com roda de 17 polegadas na dianteira e os pneus indicados para o asfalto.
Para tentar solucionar o problema muitos donos da "X" apelavam para adaptações muito curiosas. As receitas incluíam a instalação na dianteira do pneu traseiro da Honda Bros, o Pirelli MT 60, isso mesmo!!
Do Velho Mundo surgiam alterações mais refinadas (e caras). Alguns oficinas especializadas instalavam rodas de 19 polegadas e aumentavam o curso de suspensão dianteira dessa Honda só para levá-la para o mau caminho. Opa, tantas adaptações alertaram os engenheiros (e o pessoal do marketing) da Honda que os consumidores queriam um CB, com uma pegada mais off!
a CB 500X é aquele tipo de moto extremamente amigável, principalmente em estradas sinuosas
O fabricante parece ter ouvido o clamor dos aventureiros que buscam uma moto capaz de incursões por estradas de terra que ofereça boa autonomia, robustez e conforto. Afinal, quando se parte para uma longa aventura é necessário confiar no equipamento. E confiabilidade não falta para o modelo.

Lançada em 2013 o modelo usa motor de dois cilindros, 471 cc com a potência máxima de 50,4 cv (a 8.500 giros) e torque de 4,55 kgf.m (a 6.500 giros). A motorização é excelente em termos de desempenho e consumo, mas a grande mudança está nas partes baixas da nova CB 500X, vamos lá...


O principal item é a roda dianteira que passa a ser equipada com aro de 19 polegadas e pneu com a medida 110/80 – contra a roda 17 e pneus 120/70.  A medida 19 polegadas significa maior diâmetro que permite superar buracos ou valetas com mais segurança. Outro ganho é a enorme gama de pneus oferecidos por diversos fabricantes. Ou seja, se quiser instalar um pneu on-off para enfrentar trechos mais “cascudos” não é mais necessários apelar para adaptações curiosas ou caras.

Por conta do novo tamanho da roda dianteira, curso de suspensão e vão livre do solo o banco ficou mais alto passando de 812 mm para 835 mm. O fabricante alterou a espessura da camada de espuma e o tornou mais estreito nas laterais. “Com isso o piloto de menor estatura ainda consegue apoiar os pés com facilidade” informou Alfredo Guedes, engenheiro da Honda, durante a apresentação do novo modelo.

Outro fator importante para o uso em estradas de terra é o curso de suspensão e a distância livre do solo, nos dois itens houve melhoras na versão atual. Na dianteira, por exemplo, o curso passou de 140 mm para 150 mm enquanto a traseira passou de 118 mm para 135 mm. Com essas mudanças a distância livre do solo também aumentou de 170 mm para 193 mm. Ou seja, aquelas pedras (capazes de furar o cárter) agora estão mais longe (ainda bem...). Em algumas estradas esse é um perigo real, veja abaixo, por exemplo com uma Transalp:
Essa é a "estrada" para o Parque Nacional do Itatiaia, presta atenção nas pedras pontudas...


Voltando a falar da CB 500X, seu câmbio, de seis marchas, agora usa embreagem deslizante assistida. O novo sistema permite engates mais fáceis e evita trepidações da roda em reduções de marchas mais bruscas, como acontecia na “antiga” CB 500X. O acionamento do manete de embreagem ficou mais macio, evitando o cansaço principalmente no “anda e para” do trânsito travado.

Em longas viagens outro item que pode ser a diferença entre o cansaço e o conforto é a proteção aerodinâmica. A nova CB 500 ganhou um parabrisa mais largo e 11 centímetros alto que pode ter sua posição alterada mudando a fixação na base.
Não é uma trail, mas melhorou muito para encarar estradas de terra e lama

O novo painel (estilo black out) permite autonomia, consumo e também a distância a ser percorrida com a gasolina disponível no tanque (com capacidade para 17,1 litros). Outra informação legal é a marcha engatada e o shift-light que orienta para a troca de marchas de acordo com a rotação do motor.


É inegável que a nova CB 500X está com a cara mais aventureira graças ao para-brisa mais alto e as linhas angulosas. Com as mudanças o modelo ganhou 2 kg, passando de 181 para 183 kg (a seco). O preço é de R$ 30.057 (sem frete) com garantia de 3 anos. O fabricante também oferece o Honda Assistence uma assistência 24 horas, válida para todo o Brasil e países do Mercosul.