quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Pico das Agulhas Negras é bom destino para sua aventura

A 2.791 metros, o quinto pico mais alto do Brasil fica na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia, um bom destino para uma viagem de moto trail, como a Yamaha Lander 250 ABS
Um destino interessante e de fácil acesso, para quem mora em São Paulo ou Rio de Janeiro, é o Parque Nacional do Itatiaia. Fundado em 1937 é o parque mais antigo do Brasil e se estende pelos municípios de Itatiaia (RJ), Bocaina de Minas e Itamonte, ambas em Minas Gerais. A região montanhosa é um verdadeiro paraíso para quem curte escaladas, trilhas, observar pássaros, enfim, atividades ao ar livre.
Algumas regiões do parque podem ser alcançadas por estradas asfaltadas, porém o mais legal para quem curte montanhismo é a sua parte alta. Para chegar lá é necessário encarar os 17 km da BR-485. Apesar de ser uma estrada federal ela não é asfaltada e exige muito das motos e veículos que trafegam por ela. Mas vale a pena, principalmente se você estiver com uma moto versátil como a nova geração da Yamaha Lander 250 ABS.
A maioria dos veículos que sobem a montanha leva turistas ao Pico das Agulhas Negras, com altitude de 2.791 metros acima do nível do mar – praticamente a mesma altitude de Machu Pichu, no Peru, a 2.430 m. No inverno as temperaturas despencam e chegam perto dos dez graus negativos. Dependendo das condições atmosféricas chega a nevar na região, como aconteceu em 1985 quando foi registrada a maior nevasca. Se você não conseguir curtir a neve, no mínimo, verá placas de gelo na estrada.
Distante 280 km de São Paulo e cerca de 220 km do Rio de Janeiro, o Pico das Agulhas Negras pode ser alcançado a partir do “KM 0” da BR-385 – que parte da Dutra, altura do km 34, em direção a cidade de Caxambú (MG). O local oferece muitas atrações que vão de simples caminhadas pelas trilhas – que podem durar alguns minutos ou dias. Para as trilhas mais longas, conhecidas como travessias, que podem chegar a dois dias numa caminhada até Visconde de Mauá, é importante estar acompanhado de um guia credenciado.

Subir a montanha

Porém quem está com pouco tempo e busca apenas um motivo para viajar com sua moto ou encarar um fora de estrada leve, os 17 km da BR-485 justificam o passeio. A estrada vai margeando a montanha e tem uma inclinação bem forte em algumas partes. Quem viajar durante o inverno tem que se proteger muito bem – principalmente as mãos e pés que sofrem bastante. Mas o visual acima das nuvens compensa o frio.
No trajeto quem desligar a moto e estiver de ouvidos atentos poderá curtir o canto dos raros Saíra da Terra ou Saí Andorinha, aves típicas da região que abriga mais de 350 espécies de pássaros. A flora também é rica com mais de 400 espécies já catalogadas. Além de pássaros e flores, muitos animais são comumente vistos, como o Macaco Prego ou o Quati, por exemplo.
Ao chegar no Posto do Marcão é necessário pagar R$ 17 e em algumas épocas do ano é possível estacionar a moto no Abrigo Rebouças – distante 3 km da portaria. A partir daí é preciso caminhar para conhecer a Cachoeira das Flores ou forçar as pernas até chegar ao Maciço das Prateleiras.
Aqui vale um alerta, apesar da formação das Prateleiras estar mais baixas que o Pico das Agulhas Negras, também é uma escalada que oferece risco. Quem alerta é o guia Rafael Fernandez (@fernandezagulhas) “existe muito mais exposição no que chamamos de Zona Vermelha, onde é necessário o uso de equipamento de segurança e tem alta periculosidade, pois se acontecer algo por lá, a retirada da pessoa é extremamente difícil”, ressalta o guia de 36 anos e duas décadas de experiência no parque.
Independentemente do que você quer fazer em Agulhas Negras, seja um passeio nas trilhas ou a escalada da montanha, chegar lá já pode ser considerado uma pequena aventura. Antes de ir embora, passe nas lojinhas da Garganta do Registro e leve para casa filé de truta defumado e pinhões, assim você poderá matar a saudade de um lugar tão legal, pitoresco e pouco conhecido.

BOX – Impressões de pilotagem

Yamaha Lander ABS
Uma moto on-off como a nova Yamaha Lander ABS (com preço sugerido de R$ 16.990 sem frete) é a companheira ideal para uma viagem como essa. Ela atingiu a velocidade máxima de 140 km/h durante o trajeto, porém o ritmo de viagem mais indicada fica entre os 100 e 110 km/h. Nessa condição o motor de um cilindro 20,1 cv de potência está girando na faixa dos 7.000 rpm.
Rodar nessa velocidade também traz economia de combustível. O consumo médio (rodando abastecido com gasolina) foi de 28 km/litro. Durante o trajeto a reserva abriu após percorrer 266 km e, como o tanque tem capacidade para 13,6 litros, poderia chegar aos 380 km. Por outro lado, ao acelerar forte a reserva abriu com exatos 200 km percorridos, mostrando que o consumo aumentou para 21 km/litro. Ou seja, não vale a pena acelerar demais.
Além do ganho em autonomia, outro fator positivo da nova Lander, em relação à versão anterior, é o conforto. O banco permite percorrer trajetos de até 250 km sem cansaço ou incomodo – algo que não acontecia no modelo anterior que castigava “as partes baixas do piloto” após 150 km percorridos.

No fora de estrada

Estava curioso para saber como seria o comportamento da Lander ABS na estrada de terra. Confesso que me surpreendi com sua maneabilidade em meio às pedras, valetas e lama. Bastava ficar em pé nas pedaleiras para desviar ou superar os obstáculos. As rodas raiadas, aro 21 na frente e 18 atrás, calçadas com pneus Metzeler Tourance se mostraram adequados à proposta do modelo. O freio ABS, só na dianteira, transmitiu confiança enquanto o freio traseiro serviu como “leme” para direcionar a Lander nas frenagens mais agressivas, principalmente no off-road.
Claro que não usei a moto no limite, afinal estava sozinho e não queria arriscar um tombo sob o risco de danificar suas laterais, tanque ou quebrar os comandos o que acabaria com a “brincadeira”. Outro fator positivo é a distância livre do solo, de 27 cm, que permite rodar pelas estradas sem medo de danificar o motor – embora as pedras soltas possam furar os dutos de passagem do óleo. Se a moto fosse minha investiria num protetor de cárter e dos dutos de óleo.

Onde se hospedar
É possível acampar no Parque (R$ 19 a diária) ou mesmo se hospedar no Abrigo Rebouças (R$ 32 a diária) que, como o nome diz, é apenas um abrigo para montanhistas. Não há banho quente ou roupas de cama. Para reservas e autorização para acampar é preciso entrar no site http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/




Hotel São Gotardo – No KM 0 da BR-354 é um hotel sofisticado e agradável com um vista maravilhosa das montanhas. As diárias para duas pessoas com meia pensão (almoço e jantar) custam a partir de R$ 450 e podem chegar a R$ 750 na suíte máster. www.hotelsaogotardo.com.br


Yellow House Hostel – Fica a 11 km da Garganta do Registro e a 8 km de Itamonte (MG). É um ambiente acolhedor e agradável sempre repleto de montanhistas e adeptos de caminhadas. O hostel também vale a pena pelo custo benefício (R$ 45 com café da manhã). Fone (35) 9885-0598 ou www.facebook.com/Hostelyellowhouseitamonte

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Dica que vale a viagem



Com a promessa de surpreender os fãs de motocicletas espalhados pelo sul do Brasil, o BMS Motorcycle chega à Usina 5, em Curitiba. Agora com programação anual (o evento era bienal), o BMS, que acontece entre os dias 16 e 18 de agosto, terá uma série de atrações e grandes marcas confirmadas como BMW, Ducati, Harley-Davidson, Honda, Royal Enfield, Triumph, entre outras.
As atrações serão espalhadas em um espaço com aproximadamente 60 mil m², dentro de um complexo industrial revitalizado para eventos multiculturais no centro da cidade. “Nós inovamos e conectamos pessoas na edição do ano passado e pretendemos inovar e conectar apaixonados e fomentadores do setor novamente este ano”, comenta Cezinha Mocelin, diretor e produtor executivo do BMS Motorcycle.
Além da presença de marcas tradicionais, o BMS Motorcycle também terá o espaço Freedom Riders, com foco em customização. Serão mais de 1.000 m² dedicados, com a presença de customizadores como Bendita Macchina, Celio Dobrucki, Dream Machines, Dynamite Crew, Cabeça de Ferro, Garage 212, Garage 440, Garage Metallica, Joe King, Johnnie Wash, King Kustom, Lucky Friends Choppers Garage, entre outros.
Entre as principais atrações, o Wall of Death, ou Muro da Morte, reunirá pilotos andam em alta velocidade, realizando manobras em um ângulo de 90°. Shows de acrobacias e manobras especiais também são aguardados.
Os ingressos e passaportes para os três dias do BMS Motorcycle 2019 já estão disponíveis pela Eventim (www.eventim.com.br/bmsmotorcycle), com valores a partir de R$ 30 (meia-entrada por dia). Passaporte para os três dias sai por R$ 60.
Texto Arhur Caldeira, Agência Infomoto