Em 2013 fizemos uma grande viagem até Rio Branco, capital do Acre. Tudo foi novidade naquela expedição que tinha dois atrativos: conhecer a região e viajar (pela primeira vez) numa moto automática, a Honda 1200 VFR Crosstourer . Estamos voltando no tempo e falando novamente dessa viagem por conta da chegada ao Brasil da Honda Africa Twin 1100 que traz versão DCT - sistema que faz a troca das marchas automaticamente - como uma das grandes novidades. Por conta disso, muitos seguidores do Canal Trajetos & Destinos e leitores do blog perguntaram a minha opinião sobre o sistema. Então vamos lá...
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Na viagem de 4.000 km até Rio Branco, conheci o funcionamento do câmbio DCT |
O sistema DCT já equipava a Honda VFR 1200 X Crosstourer quando eu e o Mário Villaescusa nos embrenhamos no Centro-Oeste do Brasil para cruzar o Mato Grosso, Rondônia e, finalmente, chegar ao Acre. Foi uma jornada de quase 4.000 km que percorremos em cinco dias - um deles foi descanso em Cuiabá (MT).
Nessa jornada foi interessante para conhecer a fundo (e na prática) o funcionamento do sistema. A troca de marchas era praticamente imperceptível enquanto o motor despesa o toque de 12,8 kgf.m empurrando os 260 kg da moto. Ainda tínhamos a bagagem e o fotógrafo Mário Villaescusa, eram quase 400 kg percorrendo a famosa BR-364, a principal estrada da região.
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Quando era necessário, bastava reduzir a marcha (usando as botões na não esquerda) que o motor subia de giros, a moto ganhava "força" e fazia ultrapassagens sem maiores problemas. Nossa viagem foi tranquila e confortável, e as lembranças do "cambio automático" foram as melhores possíveis.
Essa viagem foi publicada no Portal UOL e você pode conferir aqui
E no off-road
Passados quase oito anos, chegou a vez de tomar contato novamente com uma moto de câmbio automático. Em dezembro de 2020, fomos convidados para conhecer a versão DCT da Africa Twin 1000. Quanta diferença! Tanto no funcionamento do câmbio quanto na agilidade da moto.Nascida para encarar os trechos fora-de-estrada, a Africa Twuin 1.000 DCT - que pesa 232 kg - mostrou muita agilidade nos testes de slalon (entre os cones) e também nos obstáculos off-road. Fiquei o dia inteiro rodando com a moto, no começo achava que ela iria morrer por estar em baixa velocidade, a todo momento buscava o mante que embreagem e o pedal (que não existem...)
Vale a pena?
Em pouco tempo voltei a me acostumar com o câmbio automático e relembrei da ótima sensação que tive com a Crosstourer em 2013. Hoje eu uso um scooter diariamente e um dos atributos que mais me atraem nesse tipo de veículo é a facilidade de pilotagem, por conta do câmbio que dispensa as trocas de marchas. A mesma facilidade que que experimentei na Crossouter e na Africa Twin DCT. Tudo é questão de tempo e costume...
Veja o vídeo no Canal Trajetos & Destinos onde comento sobre o câmbio DCT e nossa viagem até o Acre de Crosstourer.