quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Você de Africa Twin

 


Hoje a Honda Africa Twin Adverture Sports, equipada com o câmbio DCT, pode ser considerada a big trail mais moderna do Brasil. A tecnologia empregada no câmbio, também adotado nos modelos X-ADV e Gold Wing, permite que o piloto não se preocupe com a troca de marchas ou apertar e soltar o manete de embreagem o giro do motor é passado ao câmbio e, consequentemente, movimenta a relação primária (pinhão). Vale lembrar que a marchas e o é feita de forma automática com muita precisão, de uma maneira que nenhum piloto conseguiria fazer...

OK, mas na prática como isso funciona? Eu já tinha experimentado esse câmbio na versão de 1.000 cc. Porém a Africa Twin, na versão 1.100, é uma moto nova. Veja como ela se comportou na cidade, na estrada e na terra...

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São Paulo cruel

Peguei a Africa Twin na sede da Honda, no Bairro do Morumbi, em São Paulo e fiquei muito feliz ao ver que ela veio com o banco baixo. Um acessório que ajuda os pilotos de menor estatura a dominar a máquina. Em meio ao trânsito travado da cidade, conseguia apoiar os pés no chão e rodar tranquilamente. Com a ajuda do DCT não tinha preocupações em trocar de marchas, apertar o manete da embreagem etc... Tudo era feito pelo sistema de dupla embreagem que interpreta as intenções do piloto. Para isso o poderoso processador da moto lê tipo de piso, condições da moto - como rotação do motor e posição do acelerador, por exemplo. Tudo em um passe de mágica, vale lembrar que nenhum ser humano conseguiria interpretar. Veja abaixo o funcionamento do sistema DCT

Eu já conhecia esse sistema, adotado na VFR 1200X Crosstourer, com a qual viajei até Rio Branco (AC) há alguns anos. Agora, na nova Africa Twin 1100, o sistema evoluiu muito, tornou-se mais inteligente. Apesar de tantos botões e tecnologia, foi muito fácil acostumar.
Deixei o trânsito travado de São Paulo para trás e peguei a Via Dutra para depois, na altura do bairro de Guarulhos, encarar a subida da serra na Fernão Dias, essa foi a hora de conhecer toda a saúde do motor de dois cilindros paralelos (com 100 cv de potência). Na verdade, o torque superior a 10 kgf.m empolga muito e se mostrou perfeitamente casado com o câmbio (6 marchas) e o sistema de suspensão. 
Quando a noite caiu foi a vez de conhecer o funcionamento do sistema de iluminação que também atua de forma inteligente, acompanhando o movimento lateral da moto (nas curvas) amplia o facho do facho de luz como se o farol estivesse virando, para iluminar melhor a estrada.


Entre as muitas viagens que fiz com a Africa Twin, a mais legal foi a visita ao piloto André Azevedo que, junto com Klever Kolberg, foi primeiro brasileiro a participar do Rally Paris-Dakar em 1988. Entre tantos desafios nas areias africanas André também falou dos benefícios do sistema DCT da Africa Twin. Adepto das aventuras, ele tem duas Africa Twin na garagem: uma 2017 (versão Manual de 1.000 cc) e uma DCT, ano 2022.

André Azevedo falou de suas conquistas no Dakar, atrás dele a sua Africa Twin 2017

Quem costuma viajar pela região de São José dos Campos (SP) sabe que lá a Dutra pode ser considerada uma mistura de estrada e avenida. É interessante notar como o fluxo se mistura, gente que sai do bairro e entra a 50 km/h na rodovia enquanto carretas apressadas (e pesadas) rodam a mais de 100 km/h, imagina a confusão... Nesse trânsito alucinado o DCT se destacou por permitir uma tocada agressiva, com retomadas furiosas. Para se livrar do fluxo insano, bastava acelerar que o câmbio entende que o piloto quer ganhar velocidade rápido, em questão de segundos caminhões, ônibus, carros e muitas motos ficavam para trás...

Todos os gatos são pardos

Também me diverti bastante nas curvas abertas da Rodovia D. Pedro e depois no trecho de serra para Joanópolis. Lá é meu quintal para conhecer o temperamento da suspensão da moto, bastava escolher a posição de pilotagem adequada para desfrutar do melhor que um big trail pode oferece.
Fiz uma parada para abastecer e confirmar o consumo da Africa Twin 1100 DCT. Durante a avaliação ela gastou, em média, 17 km/litro, projetando a autonomia de . Com tantos radares em nossas estradas foi difícil chegar perto do limite, mas aos 200 km/h, ela mostrava muito folego no motor. 

O consumo médio foi de 17 km/litro com o tanque de 24,8 litros eu poderia rodar mais de 400 km 



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